Quando a sua casa ou um certo ambiente começam a dar sinais de envelhecimento e você já vê sinais de que enjoou da decoração, geralmente, já está na hora de mudar.
Mas mudar um ambiente não precisa ser trabalhoso. Claro que, se sua intenção for reformar, quebrar tudo, a coisa é um pouco mais complicada, e é por isso que escolhas certas, nessas horas, ajudam muito.
Uma simples mudança de uma cor da parede já pode dar ao seu ambiente a renovada necessária, sem muito segredo, simples assim. Só que comprar uma lata de tinta pode não ser lá a tarefa mais fácil a se fazer. Não envolve somente escolher a cor, algumas outras coisas precisam entrar na sua lista de considerações.
1 – Comece escolhendo o tipo certo
Existem muitos tipos de tintas no mercado para a gente escolher, com cheiro, sem cheiro, com antibactericida, antimofo, etc. No entanto, a primeira coisa que você precisa fazer é ver se a tinta que você vai usar será usada em interiores ou exteriores.
Uma tinta para áreas externas pode até se dar bem em uma área interna, porém, o contrário já não acontece. Existem também tintas específicas para banheiros e cozinhas, que você pode pintar por cima do seu azulejo sem correr o risco de descascarem.
No mercado, normalmente, encontramos tintas acrílicas, látex ou PVA, óleo, esmalte, verniz e epóxi. Cada uma tem seu uso específico e seu tipo de acabamento.
Tinta acrílica
É uma tinta a base de água que é encontrada em 3 tipos de acabamento: fosco, semibrilho e acetinada. É indicada para pinturas internas e externas de forma geral, como alvenaria, gesso, reboco com cal, cerâmica porosa, cimentados, tijolo e concreto.
Tinta látex ou PVA
É uma tinta à base de água também. É encontrada somente no acabamento fosco, oferece pouca resistência ao sol e tem baixa lavabilidade. É a mais barata, entretanto. É indicada, principalmente, para pintar o teto ou paredes internas que não necessitem de manutenção constante. Ela também pode ser usada em alvenaria, gesso e madeira.
Tinta óleo
Possui um composto de ligamento do tipo oleoso, que pode dar acabamento fosco ou brilhante. É impermeável e pode ser utilizada em locais que requerem diferenciação de acabamento, como móveis, portas e janelas (madeira, ferro ou aço).
Tinta esmalte
Pode ser à base de solvente ou à base de água. Esmaltes à base de solvente demoram mais a secar e apresentam cheiro forte. Já os que são à base de água não têm esses problemas. Esse tipo de tinta é bastante resistente à ação da chuva e do sol. É encontrado nos acabamentos fosco, alto brilho ou acetinado. São indicados para superfícies de madeira ou metal, principalmente em áreas externas.
Verniz
Pode ser à base de solvente ou de água. Existem vernizes incolores ou pigmentados, os quais imitam as cores das madeiras. Eles formam uma película protetora que protege as superfícies da madeira da absorção de água. Existe, também, o stain que é mais ou menos uma evolução dos vernizes. Ele é absorvido pela madeira, tornando-a hidro-repelente, exigindo, assim, menos manutenção.
É indicada para superfícies de madeira expostas ao sol e à chuva. Com relação ao stain, vale lembrar que não se deve aplicar o INCOLOR em áreas que receberão incidência solar direta e umidade, pois a deterioração do produto será muito rápida. E em madeiras resinosas o mesmo tem durabilidade menor.
Tinta epóxi
Pode ser à base de solvente ou de água. É uma tinta resistente à ação do tempo e de produtos químicos. É um produto de aplicação difícil, que requer uma certa técnica. É indicada para pisos, azulejos e fibra de vidro.
2 – Escolha o acabamento da sua tinta
As tintas para interiores vêm em alguns tipos de acabamento, desde o fosco até o alto brilho. Então, como escolher o ideal? Além da escolha pessoal, sempre é bom saber que tipo é o mais indicado para cada trabalho.
Algumas características dos tipos de acabamentos:
– Quanto menor o brilho maior a capacidade de disfarçar irregularidades na superfície, ou seja, quanto mais fosco melhor para disfarçar imperfeições;
– A capacidade de tornar a iluminação mais difusa e agradável está relacionada com baixo brilho, ou seja, superfícies foscas ajudam na iluminação difusa;
– A facilidade de limpar aumenta está bastante relacionada com o brilho. Quanto mais brilhante, mais fácil limpar;
– A resistência ao desgaste aumenta com o brilho. Superfícies brilhantes desgastam menos do que as foscas.
Com isso, concluímos:
Fosco
É normalmente encontrado em tintas látex e acrílica. É indicado para paredes e tetos. Ajuda a esconder os defeitos e pequenas ondulações das paredes, além de possibilitar retoques. Também é um dos acabamentos mais bonitos para paredes escuras. Elas ficam perfeitas, sem mostrar defeito e com aspecto aveludado.
Acetinado
Pode ser usado tanto em paredes, como portas e rodapés. É um acabamento que deixa tudo com um leve toque de brilho. Combinada muito quando usado em cores claras como as off-white. A limpeza é fácil e pode ser feita com um pano úmido. Nesse quesito, o acabamento acetinado também é muito bom para paredes escuras. Elas talvez não fiquem tão bonitas quanto as foscas, já que paredes escuras com acabamento fosco ficam marcadas facilmente por riscos, pó, gordura e na hora da limpeza mancham com maior facilidade. Contudo, duram muito mais.
O acetinado é uma ótima opção para os espaços utilizados com frequência, tais como quartos, corredores e salas de jogos, pela sua facilidade com limpeza.
Semibrilho
Tem um nível de brilho intermediário, que fica entre o acetinado e o brilhante. Perfeito para cozinhas, banheiros, lavabos, locais com alguma umidade e onde se lave com frequência.
Brilhante
É usado especialmente em madeiras de janelas e portas. Aplicando mais ou menos quatro camadas com intervalos de secagem, consegue-se um efeito próximo ao da laca. É muito resistente e fácil limpeza. Tudo o que você precisará será de um pano úmido e detergente neutro. Não é muito indicado para paredes ou tetos (a não ser que esse seja o seu objetivo), pois acentuam defeitos e imperfeições.
3 – Considere a iluminação
A iluminação é muito importante na hora de você escolher a cor da sua tinta. É muito importante ver como a cor se comporta em vários tipos e intensidade de luz, pois costuma mudar de acordo com a iluminação. Já aconteceu alguma vez com você de comprar uma roupa preta e quando você chegou em casa ela era cinza chumbo? Sua parede é a mesma coisa.
4 – Saiba a quantidade que vai comprar
Depois de escolher o tipo, o acabamento e a cor da sua tinta, agora você vai finalmente comprar. Mas qual quantidade comprar? As tintas trazem escrito no rótulo a metragem quadrada que a lata cobre, considerando a ferramenta que você vai utilizar, rolo pincel, pistola… Não se esqueça de contabilizar a quantidade de demãos que você vai dar e também das portas e janelas. Deixe sempre uma margem de segurança e compre com um pouquinho de sobra.
5 – Escolha a ferramenta de pintura
Dependendo do que você vai pintar, você vai precisar de uma ferramenta específica. Tetos e paredes podem ser pintados com rolos, pincel ou spray. Guarnições e detalhes pedem um pincel, porque dão mais controle da situação. Superfícies planas são mais fáceis de pintar com o rolo.
Se animou para pintar alguma parede? Boa sorte, e mãos à obra.
Fonte:www.limaonagua.com.br